domingo, 10 de enero de 2010

Rocha da Mina (Évora). Santuario de Endovellicus



Santuário da Idade do Ferro, talhado num imponente esporão xistoso de vertentes abruptas, com cerca de 12 metros de altura. O rochedo impôs-se altivo à Ribeira de Lucefecit, obrigando-a a contornar a sua dureza, produzindo um meandro a caminho do Guadiana. Na estrutura geológica foram talhados quatro degraus, muros e pavimentos, elementos recorrentes em santuários pré-romanos, alguns dos quais romanizados, sendo comummente interpretados enquanto altares destinados a sacrifícios.



O seu destaque na paisagem é arrepiante, sendo ainda hoje fácil sentir a sua força mística enquanto "rochedo sagrado", em tempos consagrado ao deus Endovellicus. Recorde-se que foi em plena época romana que esta divindade indígena terá atingido o seu máximo esplendor, integrando mesmo o panteão dos deuses romanos hispânicos, concorrendo em importância com o próprio Iupiter. A prova desta inversa aculturação encontra-se no cume do outeiro de São Miguel da Mota, a cerca de 3 km da Rocha da Mina, onde terá sido edificado um templo romano, em mármore branco, onde os romanos cultuaram o deus local Endovellicus.
http://fotoarchaeology.blogspot.com/2010/01/rocha-da-mina.html

Leitura obrigatória:
http://www.crookscape.org/news/rochamina/p_01rochamina.html

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